sexta-feira, 29 de julho de 2011

Bom dia, após o encontro vejamos os registros.
Quem tiver fotos, fique à vontade para encaminhar para: enemugoiania@hotmail.com

Mesa redonda: Políticas Públicas e Culturais para Museus
(Ana Karina , Mário Chagas, Cristina Bruno e Deolinda Moreira)
Auditório da Faculdade de Educação
foto: Samarone Nunes 

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Cronograma das Apresentações C1



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Localização: Sala 1
Data: 11/07


09:00:00
Ecomuseu Frente ao Desafio da Urbanização do Meio Rural
Silvia Guerreiro Giese
Elinelma Pereira do Nacimento
Jorge Evangelista Junior
09:15:00
A Comunidade em Ação: O Projeto Ecomuseu da Serra de Ouro Preto/MG


Cauê Donato Silva Araujo
Luana Caroline Damião
Yára Mattos
09:30:00
Território, Poder e Ecomuseus
Jorge Martins Evagelista Júnior
09:45:00
Debate
Debate

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Localização: Sala 1
Data: 11/07



10:00:00
Arte Plumária Indigena
Mônica Gouveia dos Santos
10:15:00
Materialidade e Imaterialidade dos Objetos na Perpectiva Museológica
Samia Jraige
10:30:00
MEMÓRIA, PATRIMÔNIO E MOVIMENTO NEGRO: NOVAS CATEGORIAS NAS FALAS DO MOVIMENTO NEGRO BRASILEIR (1982-2010)
Ana Carolina Lourenço
10:45:00
Debate
Debate


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Localização: Sala 1
Data: 11/07



11:00:00
O forte de alguma guerra e o monumento de lugar nenhum
Flávio Pereira do Amaral
11:15:00
Memória, Desenvolvimento e Qualidade de vida: Panorama Museal do Município de Niterói
Heloísa Helena Leal Mendes Magalhães
Thiago Lopes de Freitas
Regina Maria do Rêgo Monteiro Abreu
11:30:00
Modelo Arquitetônico do Museu Rondim Bahia
Dhalila Nogueira Miranda
10:45:00
Debate
Debate
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Localização: Sala 2
Data: 11/07


09:00:00
O Museu É Lugar de Coisa Velha!? As Coleções Particulares de Urbano, o Aposentado
Laíse Alves Rangel
Leila Beatriz Ribeiro
09:15:00
Representar a Imagem Diante da Memória
Fabíola Silva Pena
09:30:00
Gustavo Barroso e Suas Contribuições para o Curso de Museologia
Aline Conceição dos Santos
Carine da Conceição dos Santos
Cid José da Cruz
Lisânia da Silva Amorim
Neila de Jesus Andrade
09:45:00
Debate
Debate
:
Localização: Sala 2
Data: 11/07


10:00:00
Ação Educativa da Exposição Segredos
Aluane de Sá
10:15:00
Criação e Implementação do Setor Educativo do Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto
Gilson Antônio Nunes
Carlos Vitor Silveira de Souza
Raiany Aparecida da Silva
Ranielle Menezes de Figueiredo
10:30:00
Um Giro no Museu Antropológico
Lucinete Aparecida de Morais
10:45:00
Debate
Debate

:
Localização: Sala 2
Data: 11/07


11:00:00
Museu, Escola e Ciência: A Integração do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília com a Museologia, a Educação e outrasCências Aplicáveis
Thomas Félix Sousa Nizio

11:15:00
Marketing Cultural e Comunicação: Arte-Educação como ferramenta na solidificação das práticas de Marketing Cultural
Gabriela Santana de Miranda
Christian Aquino Avesque
11:30:00
Museus e centros culturais: a deficiência no acesso e divulgação na cidade de Goiânia
Ana Paula Landim de Carvalho
11:45:00
Debate
Debate

:
Localização: Sala 3
Data: 11/07


09:00:00
Um Olhar Interdisciplinar Sob a Igreja de Santa'Ana
Laura Neila Costa da Silva
Wanderlana do Socorro Corrêa Veríssimo
09:15:00
Transformação na Noção de Patimônio e Assimilação da Diversidade Cultural
Mana Marques Rosa
09:30:00
Festa D'Ajuda: Entre o Sagrado e o Profano ( Quando o Sagrado se Manifesta)
Edna da Paixão Santos
09:45:00
Debate
Debate

:
Localização: Sala 3
Data: 11/07


Localização: Sala 3
Data: 11/07

10:00:00
Documentação e Registro: Caminhos Políticos e Jurídicos de Tombamento do Artefato Material e Imaterial
Ana Karina Rocha de Oliveira
10:15:00
Documentar para que?
Gustavo Nascimento Paes
Carlos Augusto Ribeiro Jotta
10:30:00
Documentação Museológica e Arte Conceitual: A problemática de duas possibilidades de registro
Carla Brito Sousa Ribeiro
Rodrigo de Souza Martins
Priscilla Arigoni Coelho

10:45:00
Debate
Debate

:
Localização: Sala 3
Data: 11/07


11:00:00
Abordagens Multidisciplinares na Construção e Implantação do Plano Museológico do MUFPA (Museu da UFPA)
Eliézer Miranda da Silva Junior
11:15:00
Diálogos entre Museus, Comunicação e Mediação: Experiências Interdisciplinares nos Processos Museológicos na Galeria de Arte “ César Moraes Leite” da Universidade Federal do Pará
Raiza Cristina dos Santos Gusmão
11:30:00
Projeto de Implantação do Museu Histórico de Governador Mangabeira
Antonio Lopes do Vale Junior
Carine da Conceição Santos
Manoela Machado Souza
Margarida Batista da Silva
Nardirjane Nogueira Conceição
Renata Ramos dos Santos
11:45:00
Debate
Debate

:
Localização: Sala 1
Data: 12/07

09:00:00
Os Limites do Espaço – Observação e Circulação: Determinação dos Espaços Adequado de Posicionamento dos Objetos Expostos Nas Exposições Museológicas
Helena Cunha de Uzeda
Douglas de Lima Gualberto
Jéssica Moraes Tavares da Costa
Jéssica Tarine Moitinho de Lima
Maria Fátima Carazza de Faria
Thais Barbosa Teixeira Mágno
09:15:00
Da Produção Científica à Exposição Museológica
Rosângela Celina Cavalcante
Maria Isabel Landim
09:30:00
Diagnóstico de Conservação da Coleção de Cera do Memorial de Medicina da UFPE
Cíntia Maria Rodrigues do Nascimento
Elias Rufino de Menezes
Fábio Cruz da Cunha
Michel Duarte Ferraz
Rosélia Adriana Barbosa da Rocha
09:45:00
Debate
Debate



Localização: Sala 1
Data: 12/07

10:00:00
Concepções e Formas de Apropriação Simbólica e Econômica do Patrimônio Material da Cidade de Cachoeira/BA.
Elilian Gonçalves Aragão
Meire Livia dos Santos França
10:15:00
Uma Análise das Políticas Culturais Brasileiras e sua Síntese Refletida na Política Nacional de Museus.
Manoela Lima
10:30:00
Patrimonialização como Ação Política: Salvaguarda dos Saberes e Fazeres dos Ilhéus de Rio Grande: O Projeto Jurupiga
Helissa Renata Gründemann
Rodrigo Valentini Assis Brasil
Jean Baptista
11:45:00
Debate
Debate

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Localização: Sala 2
Data: 12/07

09:00:00
O Desenvolvimento de um Thesaurus de Acervos Científicos em Língua Portuguesa: A Experiência do Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas da UFOP
Carlos Augusto Ribeiro Jotta
Felipe Eleutério Hoffman
Gilson Antônio Nunes
Edson Fialho de Rezende
09:15:00
A Importância da Documentação nos Museus Científicos
Maria da Conceição Santos Wanderley
Emanoela Souza Ribeiro
09:30:00
Gênero e Público nos Museus em Ouro Preto
Ana Cristina Audebert R. De Oliveira
Gustavo Nascimento Paes
Thayane Sampaio Martins
09:45:00
Debate
Debate


:
Localização: Sala 2
Data: 12/07

10:00:00
O Carnaval de Maragogipe-BA durante a Primeira República – Uma Abordagem Interdisciplinar
Crispim Santos Quirino
10:15:00
Rio Paraguaçu, percebido como Patrimônio Natural e Cultural, relevante a história e ao espaço da cidade de Cachoeira.
Renata Ramos dos Santos
Edilton Mascarenhas Gomes
Idaiane Conceição de Freitas
Roseane Araújo das Neves
Antonio Lopes do Vale Junior
10:30:00
A Relação Patrimônio e Natureza e sua Aplicabilidade no Campo Museal
Isabella de Souza Neto Teixeira
Luiza Freire de Farias
Deusana Maria da Costa Machado
10:45:00
Debate
Debate

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Localização: Sala 2
Data: 12/07

11:00:00
A Representação do Nacional nas Obras de Tarsila do Amaral e Cândido Portinari
Laerte Araújo Correia
Sura Souza Carmo
Vera Lúcia Oliveira da Rocha
11:15:00
O Moderno e o Contemporâneo no Museu de Arte de Goiânia ( 1990 A 2000)
Bárbara Lopes Moraes
11:30:00
A Liberdade como Método
Priscila de Macedo Pereira e Souza
11:45:00
Debate
Debate

:
Localização: Sala 3
Data: 12/07

09:00:00
Museus Comunitários: Memória, Identidade e Poder
Ana Paula dos Anjos Fiuza
Wilkens de J. Santos
10:15:00
“Museologia Libertária” Pontos de Memórias em Foco
Jaddson Luiz Sousa Silva
Eliezer Miranda da Silva Junior
09:30:00
Multidisciplinariedade na Produção de uma Nova Visão da Museologia
Alessandra Silva de Lima
09:45:00
Debate
Debate


10:00:00
Banda de Música Bom Jesus das Flores: História Oral e Memória Coletiva de uma comunidade de Ouro Preto
Ingrid da Silva Borges
Manuel Ferreira Lima Filho
10:15:00
As Representações Sociais do Museu na Música Brasileira
Anderson Clayton de Lima Santos
10:30:00
Relatos e Memórias: A História da CEU I – Casa do Estudante Universitário da UFG
Ana Karina
Ivanilda A.A. Junqueira
Samarone da Silva Nunes
Washington Fernando de Souza
10:45:00
Debate
Debate


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Localização: Sala 3
Data: 12/07

11:00:00
Educação e Experiência Museal: Uma Reflexão sobre Centro Cultural Judaico de Pernambuco
Jéssica Francielle da Silva
11:15:00
Sala de Memória “Lyceu de Goiânia”
Rosaura Vargas das Virgens
11:30:00
Debate
Debate

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Preparativos para o Enemu

Agora o birô, o escritório, o bunker.....

 
Os reco
Tony, Samarone, Hitalo e Ana.

foto: Samarone Nunes

Preparativos para o Enemu

Tarde gurizada das musas, como estão os preparativos para caírem na estrada?
Lembrando, faltam quatro dias para o começo do nosso encontro.
Aqui em Goiânia estamos a todo vapor. Postaremos algumas fotos para que possam ir se familiarizando com os espaços.

Faculdade de Educação


                                    
As pergulas estão floridas


fotos: Samarone Nunes

terça-feira, 5 de julho de 2011

Mini Cursos

O IV ENEMU irá disponibilizar 4 mini cursos com carga horária de 6 horas. Eles serão realizados nos dias 14 e 15 de Julho no turno da manhã. Segue abaixo outras informações.

Das Inscrições para os mini cursos -

Os interessados em se inscrever nos mini cursos deverão informar a opção ( mini curso 1, 2, 3 ou 4) no credenciamento.
Cada inscrito poderá se inscrever somente em um mini curso.
Serão disponibilizados 40 vagas para cada mini curso.

Segue abaixo os projetos dos minicursos.

Mini Curso 1


EDUCOMUNICAÇÃO MUSEAL: AÇÃO EDUCATIVA PARA MUSEUS VETORES NA CONSTRUÇÃO DE CIDADANIA


(Juliana Maria de Siqueira, Mestre em Ciência da Comunicação pela ECA/USP, linha de pesquisa Educomunicação, Especialista em Multimeios pela Unicamp e MBA em Marketing de Serviços pela ESPM, Especialista Cultural e Turístico no Museu da Imagem e do Som de Campinas, responsável pelo programa educativo Pedagogia da Imagem)1


Resumo
Este minicurso pretende compartilhar uma visão transdisciplinar da ação educativa em museus, originada da aplicação de conceitos e metodologias do campo da Educomunicação (cujos fundamentos foram sistematizados por Ismar de Oliveira Soares e demais pesquisadores ligados à Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo) à prática desenvolvida pela equipe do Museu da Imagem e do Som de Campinas, no âmbito do programa educativo Pedagogia da Imagem, em funcionamento desde 2003 e reconhecido, em 2009, com a menção honrosa do Prêmio Darcy Ribeiro, conferida pelo Ministério da Cultura.

Esta abordagem transversal permite enxergar a ação educativa em museus como um processo comunicativo, de apropriação de linguagens e de desenvolvimento de proficiências culturais, cujos protagonistas são os sujeitos e grupos educandos em interação. Inspirada na pedagogia freireana, a educomunicação museal confere ao visitante ou usuário do museu um papel valorizado, contribuindo para rever o lugar da ação educativa no processo museológico – não como elo final de comunicação do patrimônio ao público, ainda que integrado a todas as demais funções desempenhadas por especialistas, mas, potencialmente, como elemento que permeia/ constitui cada atividade museológica – e ampliando os significados do patrimônio. Aplicada por meio da gestão participativa de projetos, a perspectiva educomunicativa colabora para que o educando se descubra produtor de cultura, sujeito histórico e agente na conquista e no exercício de direitos, dentre os quais os direitos à cultura e à comunicação.

Para realizar este percurso, tomaremos como ponto de partida a revisão histórica da função educativa dos museus, culminando no reconhecimento de que, contemporaneamente, uma particularidade se coloca no contexto brasileiro: a de que os museus (como espaços ou ecossistemas educativos não-formais) sejam vetores de desenvolvimento social e construção de cidadania. Em seguida, apresentaremos três linhas-mestras do pensamento da educação museal brasileira: a educação patrimonial, a arte/educação e a comunicação pública da ciência, ressaltando a diversidade de propostas, suas características e contribuições.

Finalmente, trataremos da Educomunicação, apresentando as origens, fundamentos e áreas de ação deste campo de pesquisa e intervenção social. Pretendemos, a partir da apresentação do estudo de caso do Programa Pedagogia da Imagem, demonstrar como esses conceitos e metodologias podem resultar em soluções transformadoras e instigantes no contexto real de pequenos e médios museus, com orçamentos limitados, mas com o compromisso e o desafio de compreender e integrar suas comunidades ao corpo de seus interlocutores e usuários frequentes.

Palavras-chave
Educação museal, educação não-formal, cidadania, Educomunicação, ecossistema educomunicativo.

Objetivos
A presença no Encontro Nacional dos Estudantes de Museologia, aberto à participação de técnicos, educadores e interessados no tema constitui, para os profissionais de museus, valiosa oportunidade de estabelecer a troca de experiências, submetendo suas práticas e teorizações à avaliação dos pares e, simultaneamente, a possibilidade de dar visibilidade e disseminar, numa rede colaborativa, ações e concepções tecidas no cotidiano do trabalho. Também é uma ocasião propícia para confrontar suas formulações, elaboradas em um contexto local, com realidades de diferentes regiões do país, num diálogo produtivo que amplia visões de mundo, oferece desafios, incorpora questionamentos, aperfeiçoa nossa prática. Essas possibilidades de aprendizado são o que nos move à exposição da presente proposta. Com relação ao minicurso, tem-se como objetivos:

a) Geral: Compartilhar a experiência da ação educativa desenvolvida no Museu da Imagem e do Som de Campinas (Pedagogia da Imagem), em suas dimensões prática e teórica, contribuindo para introduzir e difundir entre estudantes e profissionais de Museologia os conceitos e metodologias da Educomunicação, de maneira que suas implicações possam ser exploradas, testadas, compreendidas, avaliadas e ampliadas por uma rede de profissionais de museus.

b) Específicos:
  • Reconhecer as experiências e saberes dos participantes em relação à educação museal, identificando os desafios percebidos no cotidiano de trabalho ou estudos;
  • Discutir a função educativa do museu, verificando sua transformação ao longo do tempo e enfocando a perspectiva proposta pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram)/ Ministério da Cultura, do museu como vetor de desenvolvimento social e construção de cidadania – consequentemente, analisando suas implicações para a prática educativa;
  • Rever as linhas de pensamento mais disseminadas no campo da educação museal brasileira, ressaltando sua diversidade, suas contribuições e características;
  • Apresentar o campo transversal da Educomunicação, sua origem, fundamentos e áreas de ação, discutindo a singularidade de seus aportes para a realização da função educativa dos museus;
  • Promover a análise de um caso concreto de aplicação do conceito de Educomunicação museal, avaliando seu potencial transformador para museus comunitários e museus de pequeno e médio porte;
  • Estabelecer uma rede colaborativa permanente (pós-curso) entre os participantes interessados em trocar experiências e desenvolver aplicações no campo da Educomunicação museal, por meio da constituição de uma comunidade virtual, utilizando ferramentas como Google Sites, redes sociais e grupos de discussão.

Justificativa
A ação educativa em museus brasileiros, graças ao trabalho de inúmeros profissionais, assim como a fatores estruturais favoráveis, tem alcançado cada vez mais importância nas instituições e políticas públicas. Grandes museus, apoiados por seus patrocinadores, contam com equipes bem estruturadas e desenvolvem trabalhos instigantes, envolvendo variados tipos de usuários, acolhendo pessoas com necessidades especiais ou em situação de vulnerabilidade social. Pequenos e médios museus Brasil afora, porém, ainda enfrentam dificuldades, com menores recursos, equipes reduzidas e, por vezes, atividades pouco diversificadas. Seus educadores travam uma luta constante para vencer limitações, incluir públicos, romper muros, inovar. O esforço pelo reconhecimento e valorização do setor e seu profissional está longe do fim e exige do educador a profissionalização, isto é, não apenas a formação acadêmica, mas a elaboração de um conhecimento próprio, fundamentado na experiência concreta e compartilhado na reflexão coletiva. Um saber que lhe permita, na práxis cotidiana, atuar de maneira autônoma na leitura de cenários e na proposição de soluções criativas e eficazes para os desafios a ele colocados.

Essa tarefa compreende, além disso, a construção de um pensamento próprio, que seja capaz de incorporar e interpretar, teoricamente, a diversidade das experiências desenvolvidas em todo o país. A realidade sociocultural brasileira nos propõe questões peculiares (como, por exemplo, democratizar o espaço museal num contexto ainda marcado por grandes desigualdades), mas também nos apresenta um potencial singular (a nossa incrível diversidade cultural e capacidade de canibalizar, hibridizar, mestiçar as formas e manifestações entre si). Entretanto, nossa produção acadêmica e as publicações referentes à educação museal são recentes, relativamente escassas ou pouco difundidas. As principais referências para a área, conforme temos apurado com especialistas do setor, ainda provêm do exterior. Torna-se necessário, assim, recuperar as principais linhas de pensamento surgidas em nosso contexto e avaliá-las à luz do presente. Da mesma maneira, é útil ampliarmos o olhar para novos campos de reflexão e ação social que se propõem a uma abordagem transdisciplinar da educação, com o compromisso de desenvolver nos indivíduos as capacidades comunicativas e culturais que os tornem aptos a viver e conviver no século XXI, exercendo plenamente sua cidadania, numa cultura de paz. Estamos nos referindo à Educomunicação.

A realização deste minicurso será uma oportunidade de colaborar nesse debate, estabelecendo uma ponte para o diálogo produtivo e o intercâmbio com os estudantes e colegas de profissão.

Metodologia
A metodologia empregada no curso tem como objetivo encorajar a participação dos inscritos, de modo a estabelecer a interação e troca de conhecimentos sobre o assunto. São previstos momentos de sensibilização para o tema; compartilhamento de experiências; apresentação e debate de conceitos e metodologias e estudo de caso. Textos, links e indicações de leitura serão disponibilizados em um endereço virtual e os interessados serão incentivados a fazer parte de uma rede colaborativa, por meio de grupo de discussão e/ou rede social a se criar.
Tópicos a serem abordados no minicurso
Primeiro dia:
  1. Apresentação dos participantes e da ministrante, realizando um reconhecimento sobre seus interesses, experiências e conhecimentos prévios em relação à ação educativa em museus.
  2. Exibição de vídeo de curta duração (15 min). Atividade de sensibilização para a discussão da realidade dos museus brasileiros e sua relação com as comunidades em que estão inseridos, visando identificar os desafios e compromissos dos educadores de museus.
  3. Discussão sobre a função educativa dos museus e as diretrizes do Instituto Brasileiro de Museus. O museu como vetor de desenvolvimento social e construção de cidadania. Apresentação de informações em power point, exposição e debate.
  4. Apresentação das linhas de pensamento brasileiras mais disseminadas sobre a educação museal, em três vertentes principais: educação patrimonial (monumentos, museus históricos e de arqueologia); arte/educação, na abordagem triangular de Ana Mae Barbosa (museus de arte); e a comunicação pública da ciência (museus de ciência). Serão apresentadas as suas linhas gerais, características e contribuições, além de referências de leitura e pesquisa para aprofundamento pelos estudantes.
Segundo dia:
  1. Debate sobre as linhas de pensamento abordadas, visando identificar limites destas perspectivas.
  2. Discussão dos conceitos e relações entre comunicação, educação e cultura para a compreensão da origem e dos fundamentos da Educomunicação. Apresentação de suas áreas de ação e metodologias.
  3. Estudo de caso do Programa Pedagogia da Imagem, seguido de debate onde os participantes devem elaborar suas conclusões e avaliar o aprendizado.
  4. Formação de grupo de discussão via Internet/ troca de contatos entre os participantes.


Mini Curso 2


INTERDISCIPLINARIDADE E EDUCAÇÃO EM MUSEUS


Ruth Vaz Costa (Formada em Artes Plásticas pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE)


RESUMO
Os museus, de uma forma geral, cada vez mais investem em equipes de ação educativa, com o desejo de não só melhorar a recepção do público, mas também de torná-los espaços mais democráticos e acessíveis aos mais diversos segmentos sociais. Ampliaram-se os perfis de museus abertos ao público e as formas com que eles se relacionam com “o lado de fora”, o que influencia a formação das equipes dos museus e, principalmente, a que compõe sua ação educativa. Mas para alcançar esse público com eficácia, é necessário também ampliar os discursos, no sentido de instigar sua curiosidade e alcançá-lo a partir do que nele gera interesse. É então que surge a pergunta principal para a proposta deste minicurso: de quantas maneiras se pode ver, apresentar e dialogar com uma exposição? Para buscar respostas a essa pergunta, o minicurso tem como seus objetivos: estimular, em seus participantes, a apropriação de diferentes métodos outras maneiras de trabalhar, dentro da educação em museus, uma mesma exposição, da multiplicidade de temas, metodologias e suportes aos quais ela pode remeter ou se apropriar, e de que forma pode-se proporcionar a perfis de visitantes diversificados novas formas de olhar o museu, enriquecendo sua visita e abrangendo a visitação de um público que, geralmente, não se encaixa no perfil expositivo dos espaços museológicos. Também visa aumentar a capacidade das equipes de educadores de museus em pesquisar, discutir, programar e produzir material de apoio e atividades para os grupos visitantes, principalmente grupos escolares, ao mesmo tempo que pode agregar os diversos conhecimentos de suas equipes, estimulando a formação interdisciplinar. A partir de referências teóricas, atividades práticas em grupo e experimentações, os participantes do minicurso serão encorajados a exercitar, de diferentes formas, seus conhecimentos acadêmicos e aproveitar seus interesses pessoais nesse processo de construção de um educativo em museus.
PALAVRAS-CHAVE: Museus, Educação, Interdisciplinaridade.


OBJETIVOS
O minicurso é, principalmente, uma proposta de discussão da educação em museus e de seu papel na facilitação do acesso amplo e democrático, na perspectiva de agregar e formar público e, consequentemente, aumentar e fidelizar a visitação, inserindo o museu na sociedade. Visa a elaboração de métodos de trabalho da educação em museus com os estudantes de museologia e demais interessados que participarão do ENEMU 2011 através de uma metodologia baseada no diálogo e em exercícios que, por serem simples, são de fácil absorção e podem ser replicados por seus participantes. Tem como ponto de partida a premissa de trabalhar com equipes de educação em museus cujos membros tem formações distintas e/ou multidisciplinares, mas com alguma vivência ou intimidade com museus (seja enquanto visitante, estágiário ou profissional), voltando-se para o aproveitamento positivo dessas potencialidades. Espera-se, dessa forma, estimulá-los a trabalhar a ação educativa como um meio de aproximação e diálogo entre museus e o público, tendo os objetos (materiais ou imaterias) museológicos como ponto de partida para um entendimento globalizante das temáticas das exposições. Utilizando-se de instrumentos simples e acessíveis (ou de fácil aquisição, manuseio e produção e que estão disponíveis em boa parte dos museus), o minicurso visa ampliar o alcance da ação educativa e sua efetividade, estimulando a criação de programas educativos que aproveitem, também, os conhecimentos adquiridos pela equipe educativa como um todo, fortalecendo suas ações na medida em que são exercitadas de forma interdisciplinar. Portanto, esta é uma proposta de aprofundamento das função do mediador na medida em que ela se torna pessoa participante dos processos educativos de que se utiliza diariamente para trabalhar com os visitantes. Por fim, objetiva proporcionar uma experiência que possa ser melhorada e multiplicada enquanto discussão e em sua prática, não só pelos seus participantes mas também para a ministrante do minicurso.

JUSTIFICATIVA
A educação é um dos pilares da existência do museu, desde seus primórdios. Desde o final do século XIX, experiências e aprimoramentos tem sido feitos no sentido de ampliar a propagação do conhecimento. Chegamos ao século XXI com mais investimentos da esfera pública e privada no sentido de fortalecer os museus como espaços de formação social e há inclusive um desejo em quebrar (às vezes, literalmente) os muros que separam o museu da sociedade como um todo e abri-lo para o diálogo e para a educação democrática. Tanto que em museus do Brasil e do mundo tem sido mais e mais estimulada e valorizada a criação e aprofundamento das ações educativas. São mais constantes os exemplos de profissionais voltados especificamente para a área, mais pesquisas são apresentadas, são realizados seminários e congressos para tratar de seus assuntos mais específicos. A preocupação com a melhor forma de haver diálogo entre exposição e público influencia na curadoria, na expografia e no grau de interatividade do visitante com o que é exposto.
Esse esforço não é em vão: a finalidade de intensificar a formação de público é um desejo de cativá-lo e estimulá-lo a estar no museu. Compreender o museu como um espaço para o conhecimento e dedicado a ele, mas voltado para a comunidade em que está presente é a meta atual, seja esta comunidade a fisicamente próxima ou virtualmente aproximada (via sites, blogs, redes sociais e outros meios). O museu precisa existir no (e para o) presente.
Para que o desejo de abertura e de uma melhor educação em museus se concretize, é necessário começar o diálogo pelas equipes educativas. Inserir todos os membros da ação educativa na construção de suas atividades e desenvolvimento de materiais é o primeiro passo nesse sentido, principalmente por possibilitar à equipe percepções e formas diferentes de trabalhar as questões exploradas dentro de uma exposição. É nisso que o minicurso pretende focar suas atenções, mas de maneira dinâmica e adaptável aos diversos perfis de museus.
Uma boa equipe educativa é capaz de pesquisar, discutir, propor, planejar, executar e avaliar toda a sua atividade educativa e material didático. Ao focar seus objetivos nesses pontos, este minicurso pretende demonstrar a importância de cada membro da equipe educativa no bom andamento de seus projetos. Mais do que um estágio ou bolsa de pesquisa, o momento da educação em museus é um momento de diálogo com o outro, que deve começar dentro da instituição e se ampliar para o público, de forma a inseri-lo verdadeiramente no ambiente do museu.
Por fim, o minicurso propõe um debate sobre produção de materiais educativos e de que formas a equipe educativa pode se apropriar dos meios virtuais e da estrutura da qual participa para elaborá-los.
METODOLOGIA
Assim como na educação em museus, este minicurso tem como metodologia o diálogo. No primeiro momento, partindo do pressuposto de que os participantes adquiriram algum grau de intimidade com museus e suas diferentes formas de relação com o público, discutiremos os métodos vistos em diferentes museus, tanto os visitados pelos participantes quanto os alguns que serão citados a partir de pequena apresentação em powerpoint. Nesse momento, a proposta é dissecar a ação educativa, desde sua base (a relação intersubjetiva objeto-educador-visitante), aos materiais desenvolvidos para o atendimento ao público (cartilhas impressas, acessibilidade, atividades lúdicas e práticas, publicações virtuais, visitação virtual etc.). Os participantes receberão textos para aprofundar o que foi discutido.
No segundo momento, definidos alguns tipos de ação educativa, o grupo realizará atividades práticas de produção de materiais educativos. Aqui serão levados em conta elementos como estrutura do museu, material disponível, temática da exposição, meios digitais utilizados e membros da equipe. Esse exercício é o ponto alto do minicurso, o momento em que os participantes serão incentivados a utilizar seus conhecimentos de forma universal, agregando a contribuição de cada membro das equipes na elaboração de seus materiais.
Por fim, o terceiro momento é para apresentar o resultado das atividades e compartilhar impressões do seus processos de realização. As equipes poderão discutir suas escolhas de ação educativa e avaliar, do ponto de vista de quem visita o museu, a validade das atividades propostas. Também é desejo da palestrante avaliar a validade do minicurso para os participantes, de forma a melhorar a atividade proposta e coletar as impressões de quem participou.
Este minicurso tem duração de 6h/aula, que podem ser divididas em 3 dias de 2h. O ideal é que a turma seja composta por pessoas de diversas áreas que estejam participando do IV ENEMU. Limite de vagas: 20 pessoas.